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O Facebook espia as pessoas? 10 casos principais.

Embora o Facebook (agora Meta) tenha defendido suas práticas de coleta de dados como necessárias para fornecer um serviço personalizado e gratuito, inúmeras preocupações sobre privacidade foram levantadas ao longo dos anos. Aqui estão alguns exemplos notáveis:

  1. Escândalo da Cambridge Analytica (2018): Um dos casos de maior destaque envolvendo as práticas de dados do Facebook foi o escândalo da Cambridge Analytica. Nesse caso, os dados de até 87 milhões de usuários do Facebook foram coletados sem seu consentimento explícito por um aplicativo de terceiros que se apresentava como uma ferramenta de pesquisa psicológica. Os dados foram então compartilhados com a Cambridge Analytica, uma empresa de consultoria política, que os usou para criar anúncios políticos direcionados durante as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos.
  2. Compartilhamento de dados com empresas de tecnologia (2018): uma investigação do The New York Times descobriu que o Facebook deu a mais de 150 empresas, incluindo gigantes da tecnologia como Microsoft, Amazon e Spotify, mais acesso a dados pessoais de usuários do que havia divulgado anteriormente. Isso incluiu mensagens privadas e identificadores pessoais, o que levanta sérias preocupações com a privacidade.
  3. Ação judicial de invasão de privacidade (2020): o Facebook pagou US$ 550 milhões para encerrar uma ação coletiva em Illinois que acusou a empresa de violar a Lei de Privacidade de Informações Biométricas do estado. O processo era sobre o uso da tecnologia de reconhecimento facial pelo Facebook para marcar indivíduos em fotos automaticamente.
  4. Compartilhamento de dados do WhatsApp (2021): Após a aquisição do WhatsApp pelo Facebook, a empresa decidiu alterar a política de privacidade do WhatsApp para permitir o compartilhamento de dados do usuário entre o WhatsApp e o Facebook. Isso levou a uma reação significativa dos usuários e aumentou o escrutínio dos reguladores.
  5. Vazamento de dados (2021): Dados pessoais de 533 milhões de contas do Facebook vazaram online gratuitamente. Os dados incluíam números de telefone, IDs do Facebook, nomes completos, locais, datas de nascimento, biografias e, em alguns casos, endereços de e-mail.
  6. Onavo VPN Data Collection (2018): O serviço VPN gratuito do Facebook, Onavo, foi criticado por supostamente rastrear a atividade do usuário em aplicativos e usar essas informações para inteligência competitiva. Embora o Facebook tenha declarado que era transparente sobre a coleta de dados, os críticos argumentaram que os usuários não foram informados adequadamente sobre a extensão do rastreamento.
  7. Aplicativo de pesquisa do Facebook (2019): usuários pagos do Facebook, incluindo adolescentes, para baixar um aplicativo que rastreia extensivamente a atividade de seus smartphones como parte de um programa de pesquisa. A Apple removeu o aplicativo de sua App Store, afirmando que ele violava suas políticas.
  8. Ações judiciais de discriminação de anúncios (2019): o Facebook enfrentou ações judiciais alegando que suas ferramentas de segmentação de anúncios permitiam que os anunciantes discriminassem com base em raça, gênero e idade, violando a Lei de Habitação Justa. O Facebook resolveu os processos e fez alterações em sua plataforma de anúncios para evitar esse tipo de discriminação.
  9. Tecnologia de reconhecimento facial (2019): Além do processo de Illinois mencionado anteriormente, o Facebook enfrentou críticas pelo uso da tecnologia de reconhecimento facial. Os críticos argumentaram que o recurso de aceitação automática era invasivo e violava a privacidade do usuário. Em 2021, o Facebook anunciou que estava descontinuando seu sistema de reconhecimento facial.
  10. Acesso a aplicativos de terceiros (2018): o Facebook admitiu que um bug potencialmente permitia que aplicativos de terceiros acessassem fotos de até 6,8 milhões de usuários, mesmo aquelas imagens que não haviam sido postadas. Esse problema destacou os riscos associados à concessão de permissões a aplicativos de terceiros e destacou ainda mais a necessidade de as empresas de tecnologia protegerem os dados do usuário de maneira eficaz.

Essas instâncias, entre outras, levaram a uma crescente preocupação pública sobre como o Facebook coleta, usa e protege os dados do usuário. Os críticos argumentam que as práticas da empresa são intrusivas, opacas e fora do controle dos usuários, levando a pedidos de regulamentações de privacidade mais fortes e reformas na indústria de tecnologia. É importante observar que essas críticas não se limitam ao Facebook – muitas empresas de tecnologia enfrentam desafios e escrutínio semelhantes. O cenário da privacidade digital é complexo e evolui rapidamente, tornando-se um problema significativo para usuários, empresas de tecnologia e reguladores.

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